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  • Texto - Alexandre Pontara
  • 25 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

Hoje eu queria que fosse um dia de boas notícias e grandes novidades. Queria ter o que falar para o mundo e gritar, a plenos pulmões, que sou um cara muito feliz. Confesso que tenho andado de bem com a vida, acreditando que nem todas as adversidades a que fui submetido, nos últimos tempos, foram ruins.

Pelo contrário, creio que aprendi grandes lições e passei a conhecer mais profundamente minhas qualidades e defeitos. Erra-se muito na vida sempre no intuito de acertar.

Eu confesso que já errei muito. Principalmente no julgamento daquilo que me rodeia. Penso que fulano é de um jeito e quando vou ver é de outro. Penso que a profissão é a errada e quando vejo é a certa para mim. Já pequei demais pelos excessos. Sempre dei um peso maior para os eventos do que eles tinham. Já me julguei inacessível, bom demais, assim como, já me julguei acessível, fraco, covarde e ruim.

É próprio do ser humano criar suas próprias histórias e armadilhas. Creio que a adversidade nos dê o peso certo daquilo que agüentamos carregar. Ficamos reflexivos perante elas. Será que só nos lembramos de rezar quando tudo parece obscuro demais em nossas vidas? Creio que o mecanismo da religiosidade surge na maioria das pessoas quando elas passam por algum tipo de problema em suas vidas, seja nas situações de luto, doença, desemprego, problemas do coração ou financeiros. Nestas horas, lembramos de ajoelhar e orar. E aí não importa se você é católico, protestante, umbandista, espírita, evangélico, budista, pagão, wiccano ou não tenha religião nenhuma. Algum mecanismo, dentro de nós, faz com que direcionemos palavras, orações e pedidos para o universo, seja na forma de um Deus, Jesus, Deusa ou qualquer outra forma de manifestação para a esperança.

O homem não é nada sem uma crença. Sem acreditar num poder maior que esteja regendo sua vida. O mais importante é que a fé muda nosso comportamento. Fé nos dá esperança, vontade para lutar e para levantar e continuar caminhando quando se está caído. A vida é um eterno recomeço. O importante é que passamos a acreditar em nós mesmos. Nos sentimos menos sós, quando a presença da fé nos invade. Quando sentimos que uma mão poderosa nos toca e vem aquela sensação maravilhosa de conforto para a alma.

Devemos pedir perdão sempre por sermos distantes, arrogantes, vaidosos, maledicentes, individualistas. O perdão reconforta a alma, nos limpa de nossa própria sujeira, de nossos medos e nos dá uma sensação de leveza, de purificação.

Eu tenho buscado pedir perdão e, principalmente, aprendido a me perdoar pelos erros que cometi. E olha que não é pouca coisa! Para que ficar deitado chorando, criticando o mundo e falando mal das pessoas ou desejando aquilo que de bom vem para elas, não é?

Vamos nos perdoar todos os dias pelos erros que são cometidos na intenção de se acertar e, principalmente, agradecer por todas as coisas boas que estão acontecendo e, que irão acontecer nas nossas vidas.

Que os céus nos ouçam todos os dias! E que eles fiquem felizes por nossa fé neles e em nós mesmos.

Bio

Alexandre Pontara, ou apenasumalexandre como ele costuma assinar, é artista visual, escritor multiplataforma, poeta, ator, diretor teatral e mais um bocado de outras coisas.

Em 2020, em meio a pandemia do coronavírus, assina o roteiro do espetáculo online "Desafio Hitchcock", um formato inovador em linguagem, único no mundo, idealizado pelo diretor André Warwar. Nesse espetáculo, com cortes ao vivo e linguagem que transita pelo teatro, cinema, tv e reality, 7 atores em cena, cada um em sua casa, atuam e transmitem, em tempo real, suas imagens para o diretor, que corta e monta ao vivo. O público tem a ilusão e certeza de que estão todos num mesmo ambiente. Uma experiência imersiva, ao vivo, em tempo real.

Também, em 2020, assina o projeto visual "Entre 4 Paredes", onde através de estímulos fotográficos de artistas e amigos em seu isolamento social, cria releituras em arte visual, com uma potência artística e linkada aos temas contemporâneos. O projeto se transformou em uma exposição na Linha de Cultura do Metrô SP em 2021.

Entre 2018 e 2020, lançou o manifesto transmídia Poética em Transe, em que artistas das mais variadas vertentes dão voz a contemporaneidade da sua poesia e dialogam com os incômodos de uma sociedade midiática. Foi um dos produtores da 1ª edição do Festival Audiovisual FICA.VC, em 2017 no Rio de Janeiro. Entre 2008 e 2011, foi crítico teatral do Guia da Semana.

Como diretor teatral, o foco de sua pesquisa está no trabalho investigativo sobre a interferência da linguagem audiovisual no espaço cênico.

A Cidade das Mariposas, encenada em 2011, marca sua estreia como dramaturgo e diretor teatral. Em 2013, adaptou e dirigiu Fausto Zero de Goethe e assinou a Direção Artística da Ocupação Primus Arte Movimento do Teatro Glauce Rocha no Rio de Janeiro.

Além de Cidade das Mariposas, é autor dos textos teatrais O Mastim, Doze Horas para o Fim do Mundo, O Processo Blake, Entre Irmãos, As Últimas Horas e Man Machine 2.0, das antologias poéticas “Poemas Mundanos”, “Poesia Urbana” e “Sombras” e do roteiro de cinema “Doze horas para o Fim do Mundo”.

Alexandre Pontara

Artista visual, ator, diretor, poeta de mídias interativas, escritor multiplataforma e uma mente digital.

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